Joinvilense que estava no Haiti teme pela saúde de haitianos

Pouco mais de uma hora depois de chegar em Joinville, a missionária Luciméri Pereira, 37 anos, voltou para a casa onde vivia antes de deixar Joinville. Seu quarto e muitas de suas coisas ainda estavam lá, mesmo que uma década tenha passado desde que ela seguiu para o país mais pobre do mundo.

O almoço foi festivo, apenas com familiares. Churrasco e maionese, a pedido de Méri.

— Nem me lembro a última vez que eu comi carne. Lá no Haiti simplesmente não tem como - contou.

Sem dormir direito desde o terremoto, a uma semana, ela contava com detalhes as cenas de horror que viu, e viveu também.

— Se tem duas casas destruídas ao lado e uma inteira, dezenas se amontoam na que ficou de pé. Mesmo que nas ruínas ao lado haja corpos que ninguém recolhe. Temo pela saúde do povo haitiano, que já não era boa antes da tragédia.

Lucimeri comanda uma rede de 45 escolas, ligadas a uma Igreja Evangélica, que atende cerca de 3 mil crianças em todo o país.

— Voltei para pedir e conseguir ajuda para este povo miserável, que já considero como meu povo. Não vim descansar. Vim me preparar para uma nova missão.